O ano é 2025, e estamos em pleno boom das inteligências artificiais.
Assim como foi com o surgimento dos Computadores, da Internet, dos Smartphones, e das Redes sociais, estamos testemunhando mais uma revolução trazida pela computação e pela tecnologia da informação, que, de forma rápida e abrupta, impacta profundamente nossa sociedade..
A bem da verdade, elas já vinham fazendo parte de nossas vidas cotidianas há muito tempo, mas, por algum motivo, não percebíamos.
Por que só nos demos conta delas agora ?
Até eu, que trabalho com informática há tempos, só percebi isso recentemente, ao refletir sobre o assunto enquanto jogava Alien: Isolation (2014). Tive que passar sufoco com a inteligência artificial embutida no jogo, ser a presa do monstrengo, e ter que buscar no Google informações para vencer as missões do jogo, para me dar conta do quanto as IAs já vinham presentes, por exemplo, nos jogos que eu jogava.
As IAs nos jogos, aliás, são um claro exemplo de como a presença ou não delas, pode ser imperceptível para olhos menos atentos, e isso é um tanto assustador.
Os algoritmos do YouTube, Google, são também imperceptíveis. Só uma pessoa informada é capaz de notar durante seu uso a atuação deles.
Ano após ano, vi o reconhecimento de voz se popularizar, o Waze otimizar rotas e os YouTubers comentarem sobre os algoritmos da plataforma. Eu até notava isso, por exemplo, ao ver os vídeos sugeridos para mim, mas, mesmo assim, demorei a fazer a conexão. Quando as IAs generativas se popularizaram, não parei para refletir ou avaliar o que já havia chegado para nós anteriormente. Não podemos dizer que não vimos o trem vindo em nossa direção. Não podemos dizer que fomos pegos de surpresa por elas.
Acredito que só nos damos conta das tecnologias quando elas passam a fazer parte do nosso cotidiano de forma indispensável. Quando elas atingem uma interface e funcionalidades que realmente são úteis e práticas para nós. Os seres humanos tratam certos aparelhos como se fossem partes de seu corpo. O apego que temos com certas maravilhas da tecnologia da informação vai muito além de vício. É de certo modo, uma relação de simbiose. Tratamos nossos smartphones, por exemplo, como se fossem membros do nosso corpo, e acredito que eles se popularizaram justamente por isso. Por serem aparelhos tão indispensáveis, que nós, humanos, os trataríamos como partes do nosso corpo. Ai, vem as IAs generativas, e aqui estamos, tratando elas como nosso segundo cérebro.
O estado da arte das IAs (2025 - Primeiro Semestre)
Há certas coisas que devemos sempre manter em nosso radar. Primeiro, para nos anteciparmos diante de alguma oportunidade ou para tomarmos vantagem, e segundo, para nos proteger.
Considerando isso, decidi trazer semestralmente no meu blog um levantamento do estado da arte das IAs. Acredito que esse assunto dá muito pano para a manga.
⚫ DeepSeek Vs. ChatGPT
Bom, 2025 até aqui tem sido um ano bem emblemático, pois logo no início, em janeiro, tivemos o embate comercial inesperado do DeepSeek com o ChatGPT. A startup chinesa DeepSeek lançou seus modelos R1 e V3, que surpreenderam o mercado ao oferecer desempenho comparável ao do ChatGPT, mas com custos significativamente menores. Tal ascenção, abalou o mercado de IA, levando a uma queda significativa nas ações de empresas de tecnologia dos EUA e pressionando as big techs a reconsiderarem suas estratégias de preços.
Fontes: DeepSeek desafia ChatGPT, lança chatbot e abala mercado de inteligência artificial
⚫ Majorana 1: O salto quântico da Microsoft
A Microsoft anunciou o Majorana 1, o primeiro processador quântico do mundo a utilizar qubits topológicos baseados em partículas de Majorana. Com uma arquitetura "Topological Core", o chip promete maior estabilidade e escalabilidade, superando desafios comuns em tecnologias concorrentes. Apesar de ainda estar em fase inicial, com 8 qubits, o Majorana 1 representa um avanço significativo na computação quântica.
Fontes: Majorana 1: novo chip da Microsoft torna realidade teoria criada há 100 anos
⚫ Tesla Optimus: robôs humanoides entram em produção
A Tesla iniciou a produção limitada do Optimus, seu robô humanoide de propósito geral. O Optimus é projetado para realizar uma ampla gama de tarefas cotidianas. O robô foi apresentado como uma peça-chave na visão de Elon Musk para o futuro da automação.
Invasão de humanoides: Tesla vai entregar 10 mil robôs Optimus até o final de 2025, prevê Musk
⚫ Nvidia na CES 2025: avanços em IA e computação de alto desempenho
Na CES 2025, a Nvidia apresentou o superchip Grace Hopper, projetado para acelerar a inteligência artificial e a computação de alto desempenho. Além disso, lançou a plataforma DGX Cloud, um serviço de IA em nuvem que facilita o acesso a recursos avançados para empresas e desenvolvedores.
Nvidia na CES 2025: Novos avanços em inteligência artificial com Grace Hopper e DGX Cloud
⚫ Segurança cibernética: sistemas multiagente em ação
A segurança cibernética está sendo transformada por sistemas de IA multiagente, que operam com mínima intervenção humana. Esses agentes autônomos são utilizados tanto para defesa quanto para ataque em ambientes digitais, coordenando ações complexas e adaptando-se a novas ameaças em tempo real. A capacidade desses sistemas de trabalhar em conjunto oferece uma defesa sem precedentes contra múltiplos ataques simultâneos.
Inteligência Artificial em 2025: O Futuro da Segurança Cibernética e Tecnologia
Este artigo será atualizado periodicamente com as novidades mais relevantes sobre o estado da arte das IAs. Fique atento para não perder as próximas atualizações!